Postagens

Mostrando postagens de junho, 2008

Abelhas

Imagem
As luzes dissonantes dessa cidade, Cegam as estrelas que, inúteis, continuam a brilhar. Aquecem os homens de caráter, Para que o frio possa os desviar. Talvez eu, gauche que sou, não devesse falar... Mas esses desejos flutuando são só espectros. De vidas medíocres e tarefas inacabadas. Talvez eu fosse homem suficiente para ignorar. Paredes de concreto frio estão em movimento. Desenham-se "A ascensão da sub-vida decadente" Para aqueles que são trapos, remendos, ou nada... Serem enganados pela esperança e seguirem em frente. Mas nada é mais belo que a marcha dos rotos. os zumbis que seguem o próprio cheiro de morte. Que de frases feitas criam ideologias belas e ignorantes. E, alegremente, seguem a luz das estrelas à própria sorte. MAS AS PAREDES RESPIRAM!!!!! E os desejos as alimentam. Para que os homens de caráter, Decidam de vez se desviar. Amor, você não consegue ouvir???? É tudo música... Nada original, mas bastam os tambores... Você sabe, manter o ritmo.. tic-tac - pé no

O último amanhecer...

Imagem
Distante... Como palavras sem nexo... A voz que se cala é a voz que chora... Distante... Como vozes em coro cantando a luz do sol... Morto... Porém belo... Eis que essa beleza é a alma do que parte... Que da luz cria as sombras que dançam... O que é o tempo que se perde? Distante... Talvez inatingível... É o véu da vida que se Esvai... Mas enquanto morre-se por dentro... Brilha algum sol... "E a tempestade que passa... Deixa sobre a terra um belo amanhecer... Quisera eu sonhar mil vezes com as mesmas gotas de água e a grama molhada... E com os rios que transbordam lentamente seu conteúdo puro. Pois ali existe paz..." Todos morreram... Ninguem esperou a eternidade... Ninguem virou a mesa e disse que estava tudo errado... So se deixaram morrer... Porque a tempestade parecia não acabar... e não acabaria... Se não fosse a coragem de continuar.. E Enfrentar o vento... o frio... A solidão... O medo... Que coexistiam em perfeita desarmonia... "Essa manhã me trouxe paz... Me tro

Tempestade Final - ReAscenção do Alquimista da Tempestade... Fraco, Destroçado, Mas vivo como Nunca...

Imagem
Mãe, me leve. Dessa noite eu trago tanto medo... Mão, por favor me leve... Me Desculpe, seu garoto não eh bravo... "Ninguém dá valor a vã poesia... que morra com as mãos que a escrevem..." A verdade... é que eu nunca acreditei que tudo ia chegar a esse ponto. Mas... eu não aguento mais o peso das trevas... Eu não aguento mais escrever o fim do mundo... por que o fim do mundo me vem cíclico como as estações... E cada vez o corte que nasceu se alastra... como colocar no papel algo tão brutal sem acabar se tornando justamente aquilo que se escreve???? Pra nos momentos de alegria sentir calor no coração, simplesmente por estar tão distante desse mundo frio e maldito que no passado escrevi????... Por que infernos não dar um pouco de valor nas pequenas coisas que significam tanto e que passam desapercebidas nos momentos de dúvidas, de sofrimento e desamor... Porque me atirar a essas trevas em busca de novas idéias, de consolo, ou até mesmo de mais dor. Céus eu apostei tanto no fim

O Anoitecer... ( Amanhecer pt. 3)

Imagem
Como é belo o som desse luar.... As vozes indistinguíveis... Os sonhos que flutuam... Como flechas, perfuram o silêncio. "Então eu acordei... Devo ter adormecido sobre a sombra Desse lugar, aonde eu acostumei a me sentar e sonhar como uma criança... Aonde meus sonhos estranhos tentavam inutilmente me matar..." Como é bela a ausência da certeza... Que no véu da noite a lua emoldura... toda história bela... é feita de reticências... "A relva cresceu... quanto tempo se passou? Não importa, há um longo caminho a ser percorrido. Belo caminho..." com o beijo da brisa anuncia-se o silêncio... E a paz maior... que a floresta mantem. Mas as reticências começam a se fragmentar... E enfim, com medo... DESPERTO. "Eis que de sonho a beleza se mantem, sem sonho... a criança em mim, se torna tão velha quanto o sol poente... de que vale a noite, se não existe o repouso?." Não pedi para que se iluminasse a escuridão... Que é a sabedoria humana senão mero prazer? Qual é a b

O Amanhecer pt. 2

Imagem
Acorde Criança... o dia amanheceu... Era justo o que você queria. Se desfez a ilusão? "Acorde Criança... Pouco tempo resta... O amanhecer não te alegra? o dia está tão belo... Tantos passaros cantam... Acorde meu filho, sua mãe está aqui do seu lado... O meu coração está tão alegre... O céu está tão azul... As flores estão tão bonitas... Venha ver meu filho Acorde... Não se permita partir assim... Acorde, meu pequeno anjo Meu filho... Meu filho... Não consegues, ouvir esse som... Como eh belo... Meu único filho, respire esse ar... Não me deixe aqui Acorde, meu filhinho... papai virá logo... Não se deixe partir..." "Mãe, por favor, me leve com você... Seu garoto está com tanto medo... Mãe, me leve... me desculpe, seu garoto não é bravo..." - Poderia morrer aqui... Mas temo que estou alegre demais pra isso. - A luz do sol não eh mesmo bela???... - ah Mãe... Mãe... Prometa que nunca vai me deixar - ... Pequeno... Tudo tem um Fim... - Me prometa ser eterna... Por Favor

Lúxuria

Imagem
E a inocência partiu, e deixou em seu lugar o sentimento dos cheiros, toques e desejos malditos... Desejos que rasgam a alma e impelem ao delírio... Delírio... A pele macia distorcida envolve o que resta dos sentidos e cega a aparente tranquilidade que envolvia o olhar... Então destrói-se completamente e irrompe em uma torrente frenética de sabores indistinguíveis... MAravilhoso delírio das trevas por trás das velas preciosas derretidas pelo calor infernal... Progressivamente se transorma em desespero, ondas e movimentos do mar em fúria em crescente tempestade, e como um trovão que perfura o negro do céu em chamas, Tao efêmero quanto a vida, num grito de loucura, se evanesce do tempo e faz-se eterno quanto um segundo... E então reina o silêncio... Dissolve-se em harmonia divina,e recria-se num átimo... Desenha-se então entre os corpos uma linha tênue que divide ou une o amor e o desejo... do desejo se cria a saciedade... do amor se cria o cativeiro, e do desejo e do amor, se cria o pa