Reencontros... O fim


"E o mundo mudou... As chamas aos poucos se apagaram. Os belos sonhos de Anne Aos poucos... Foram levados. Aqueles dois que tanto se amaram e sofreram, já eram completos estranhos.
Não foram os pássaros que desistiram de cantar. Alguém é que se negava a ouví-los.

Milhões de palavras foram ditas...
'Ria-se de mim cruel destino... Agora que possui meu corpo inerte. Delicie-se de minha dor. Jillian seu maldito desgraçado... Eu te Amo..'
...Mas nenhuma foi ouvida.

Eis a paixão, sentimento imaturo. Uma chama, que se apaga tão depressa quanto se acende.

O tempo corrói a beleza da paixão, mas não só ele. A própria paixão se corrói por existir.

Grandes poetas, grandes romances... E todos viveram felizes para sempre?"

Lá vai ela... Olhos no horizonte.

Andando numa noite sem luar.
De mãos e braços dados a solidão
Por entre pequenas e desertas ruas
Já não quer mais a ilusão...

Amargos momentos doces
É apenas dor, nada mais
É seguir o seu caminho
Para longe de todo o amor.

Doce Brisa gélida
Outrora ventos do seu voar.
Lembrança fria
De seu caloroso sonhar.

Tudo se foi...
Foi Doce...
Foi eterno...
Foi.

Pura no coração...
Rosa destruída
Pelo mundo detrás da aconchegante ilusão.

"Quando o sol se põe, um olhar distante surge. Olhos cansados e assustados, concentrados em outros olhos...

Mãos que se tocam. Não há o que explicar...

Um beijo que causa dor, mas desa vez a dor vai sumindo, aconchega-se. Dessa vez não importa.

Não importa se os pássaros estão cantando, se o mundo tem ou não cores. Não importa se há um chão sob os pés. É apenas voar"

Anne- Fomos paenas sonhos um do outro? o que é real?
Jillian - Sonhos? isso é real...O mundo que criei para mim nõ é real... Eu sou o único sobrevivente.
Anne- pare de dizer... apenas faça...
Jillian - até que o destino mude nossos caminhos...

Fracos, mas juntos, caíram... E restou apenas o silêncio...

Réstias de calor num mundo gelado
Pouco tempo viveram, talvez pouco viveram
Juntos assistindo ao fim de um mundo inacabado.

Mundo decadente... Plástico
Já foi esquecida a beleza das rosas
As noites frias...
Já não há o que descobrir.

E o tempo...
O tempo apenas destrói a beleza da emoção...
É apenas questão de tempo.

Comentários

Anônimo disse…
Olá
q triste...q emocionante
e nem me fale desse maldito tempo
estou digerindo ainda
bom texto...muito bom
Bjos
t adoro
Anônimo disse…
Este texto é tocante!
A meu ver, faz parecer que o tempo é o grande culpado da destruição dos laços de amores, mas o tempo externo, as coisas externas que o amor faz-se admirar é que não mudam; o ser humano é que de alguma forma não consegue lidar com a aparente monotonia, é movido pelo entusiasmo, e quando passa a conhecer toda a beleza que o mais nobre dos sentimentos proporciona, cansa-se...dizem que o homem é um eterno insatisfeito, está sempre a busca de mais; isto ficou comprovado pra mim nesta passagem : "Não foram os pássaros que desistiram de cantar. Alguém é que se negava a ouví-los."
Depois que perdem o que tinham um do outro, o casal vive solidão...mas o tempo é que mostra que o amor que um sentia pelo outro não desapareceu, por mais que ambos insistissem em lutar contra este sentir...e a dor do encontro, do beijo, é nada mais que a saudade que ficara tanto tempo atormentando-os e que vai-se dissipando a medida que vão saciando o que foi deixado de lado por um tempo por "culpa" de ambos. E o passado já não importa neste momento, no hoje eles voam e não se importam onde tudo isso vai acabar, se é que se acaba...
Well, este é o meu parecer a respeito do teu texto : O tempo não é que destrói a beleza da paixão; o tempo não muda; o homem é que, muitas vezes, deixa de apreciar o que a princípio era causa de sua felicidade; o homem é que está em constante mudança...
;)
Bjs, my Poe!
Simbolista, romântico...perfeito!
Te amo muito!

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