Apenas mais um conto de fadas...


Elegia ao vazio, às trevas, ao passado, ao futuro....

"No meio da noite, sob a luz do luar, eu ainda me lembro desse lugar... Ela sorria sozinha enquanto andava sem rumo, como eu, colecionando passos. Sentíamos o peso do mundo, sem querer...

Todas as ruas vazias eram mais um caminho a percorrer. O silêncio sem alma inspirava esperança. E a esperança me levou até você. Que me fez trocar os passos pelos abraços. O sonho, pela vida.

E então as ruas se encheram de vida. O frio da noite confundia-se com seu calor... E enquanto eu me perguntava quando o sol se levantaria de novo... Em mim brotava um medo... estranho... de acordar...

Mas a realidade me acordou... O véu da noite anunciava o manto do prazer... Da doce luxúria do teu corpo quente. Do amor... Da luz... De coisas perfeitas... Que a lua testemunhou...

Por algum motivo havia um medo quase agonizante em meus olhos... Às vezes eu temia não te encontrar, nem sabia de onde você era... Então eu não conseguia te soltar... Te deixar só...


Nada é pior do que acordar da realidade...

Meu amor se tornou uma obsessão, meu medo... um fantasma. Transformei a realidade num sonho, do qual eu não consegui evitar o despertar. Lento... Confuso... Mortal...

Com um olhar sentenciou-me à luz do dia. À desilusão do despertar... à miséria das sombras. De repente eu não conseguia mais te ver, te tocar, te abraçar, te beijar... Você não existia.

Sequer uma lágrima derramei. Afrontei o frio e o vazio e jurei não desistir de te procurar. enfrentei a incerteza, e o medo. Cruzei os desertos e os mares da minha alma.

Mas isso sim foi um sonho...
Aqui novamente me deito, sem o sonho, sem o calor. Sinto você por toda a parte... MAS APRENDI A ACORDAR... Por mais difícil que seja...

A estrada ainda existe... E o silêncio sem alma inspira esperança..."

Comentários

Anônimo disse…
Gostei mto do texto
mas...
as vezes me pergunto se é realmente o q vc sente
se é só arte-pela-arte
ou só tentativa de ser bom.
Ok, sem mais amarguras por hje
despeço-me:
bjs
Anônimo disse…
Este texto é uma extensão do anterior...a dor continua no poeta, até então...
Sem muito o q comentar...estes dois últimos textos seus, são de matar, juro!

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